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A Arte da Palavra

O Sabor e a cor do chamado

Autor: Laércio Praxedes

O indivíduo caminha na vida atento a tantas exigências para se manter firme e dar conta das muitas complexidades e, em dado momento, sua mente lhe instiga: aonde vai dar tudo isso? Será que é como uma lei de sobrevivência? Cumprir determinações, normas, procedimentos que referenciam nascer, viver (como der e conseguir) e morrer?

Em dado momento é provável que passe a observar e sentir esse movimento como um convite à percepção de algo mais. E, à medida que atende a esse insight interno, passa a interagir com detalhes e significados que colocam sabor, aroma, cor nesse movimento de um ser que parece fazer parte de algo maior. Quanto mais vai se permitindo, novos portais se abrem para atender aos anseios dessa busca de entendimento particular e singular.

Quando alcança a percepção de que esse indivíduo, frágil e perecível, é o representante de algo maior e imortal, universal, ilimitado, os horizontes se ampliam, identificando significados importantes e estimulantes para a complexidade e os desafios até então vivenciados. Aí está a essência, o Espírito, a forja que dá o sabor, o aroma, a cor, a direção e o sentido daquilo que antes era vida e que passa a ser reconhecido como VIDA.

Quanto mais se permite à busca dos entendimentos, dos esclarecimentos, mais o indivíduo passa a compreender que o personagem em que se vê atuando está a serviço da essência, que é o Espírito. Quanto mais amplia essa consciência, mais percebe a sua condição de construtor da sua realidade, de forma autônoma, decidida, sentindo que é livre para interagir com os processos existenciais, passando a sentir a amplidão da vida, cheia de oportunidades. Os possíveis entraves, ideias e crenças que o limitam vão se dissolvendo, possibilitando a ele acessos inimagináveis, condicionados apenas pela forma como integra esse saber em sua mente. Vai experimentando as sensações que lhe asseguram ser um Espírito livre, vivendo um processo de aprendizados e que, quanto mais aprende e integra aprendizados e habilidades, maior é a sensação de liberdade e autonomia para interagir com o novo que lhe é oferecido continuamente.

Como Espírito que é, vai perceber que está interligado a várias dimensões existenciais, não deixando de se comunicar com os seus pares. Como já viveu diversas etapas, ora encarnado, ora desencarnado, está vinculado a muitos relacionamentos construídos nessas muitas etapas. Dispõe da função orgânica chamada mediunidade para se conectar com os seus afins, nas diversas dimensões onde se encontrem, aprimorando os seus saberes e entendimentos. Quanto mais naturaliza o uso da mediunidade cotidianamente, maior o seu ganho existencial.

Na condição de Espírito, deve se fortalecer cada vez mais, integrando habilidades, o que possibilitará o fortalecimento da sua autonomia e poder de decisão e escolhas, capacitando-se a interagir com os desafios e com a crescente complexidade das novas experiências. Quanto mais habilidades tiver integrado, maior será sua assertividade quanto ao direcionamento do seu destino. O Espírito direcionará o seu viver para atender os seus propósitos evolutivos, fortalecidos pelas muitas habilidades que possui.

É importante ficar atento aos aspectos arquivados em sua mente, resultantes dos muitos aprendizados nas muitas etapas vivenciadas, que se apresentam como tendências ou predisposições e que podem interferir nas experiências de agora. O seu conhecimento, a sua autonomia para decidir e escolher, aliados à consciência das escolhas que melhor lhe impulsionam, lhe permitirão redirecionar possíveis interferências.

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