Plinio Bevervanso
Espíritos são pessoas: encarnadas ou desencarnadas.
A busca pela compreensão do mundo espiritual tem sido um dos questionamentos mais antigos da humanidade. O entendimento de que os espíritos são, essencialmente, pessoas, pode lançar luz sobre essa jornada de autodescoberta e compreensão do plano espiritual em que estamos inseridos.
Muitas tradições espirituais e filosofias ao longo da história sugeriram que não existe uma diferença fundamental entre o espírito encarnado e o desencarnado. Ao que me parece, a única distinção reside na experiência atual: um está vivendo uma experiência momentânea material na Terra, enquanto o outro transcendeu essa vivência, por ora, para um plano não físico.
A parceria entre encarnados e desencarnados.
A concepção de que espíritos são pessoas traz à tona não apenas a ideia de continuidade do Eu, mas também a importância da parceria entre encarnados e desencarnados. Encarnados e desencarnados, portanto, são constituídos da mesma essência espiritual, da mesma centelha divina que os conecta em um grande panorama da existência porque são, efetivamente, espíritos transitando pelas diversas e consecutivas experiências reencarnatórias, como processo educativo e de evolução espiritual, a partir da aquisição de habilidades. Estamos todos em uma jornada eterna, alternando entre a encarnação e a desencarnação, como fases distintas de um ciclo de aprendizado e evolução.
Nessa jornada, a perspectiva de parceria é fundamental. Os espíritos, em diferentes estágios de evolução, têm a oportunidade de se apoiar mutuamente, baseando-se em princípios de empatia e alteridade. Cada espírito, encarnado ou não, traz consigo um conjunto único de experiências e lições aprendidas. Em vez de julgar ou hierarquizar, reconheçamos que cada um está em seu próprio passo evolutivo, em seu próprio grau de desenvolvimento correspondente ao conjunto de habilidades adquiridas e já integradas. Essa compreensão nos permite nutrir relacionamentos mais saudáveis e colaborativos com espíritos como nós, entre as dimensões espirituais, independentemente em qual delas estejamos vivenciando experiências relacionais.
A importância da empatia e da alteridade.
A concepção de que espíritos são pessoas também promove a empatia e a alteridade. Se percebemos que todos os seres, encarnados e desencarnados, compartilham uma natureza espiritual comum, podemos desenvolver uma maior compreensão e respeito pelo outro. Isso nos leva a cuidar não apenas do nosso bem-estar material, mas também do crescimento espiritual e da conexão com o divino.
Este entendimento viabiliza a transcendência das fronteiras entre os mundos físico e espiritual, favorecendo a naturalização da mediunidade e a relação harmônica, no dia a dia, entre espíritos encarnados e desencarnados. Também nos convida a perceber que somos todos parte de uma mesma realidade espiritual, em constante evolução. Ao abraçar essa perspectiva, podemos encontrar significado mais profundo em nossas vidas e nutrir a harmonia entre as dimensões da existência. Afinal, somos todos, em última instância, espíritos em processo de evolução e em busca de nossa verdadeira essência, caminhando juntos e misturados em uma parceria espiritual, onde a empatia e a alteridade são os alicerces da nossa jornada.
Espíritos são pessoas encarnadas e desencadeadas, sendo assim cada espírito está em um plano vivendo uma experiência.
Importante reflexão, devo respeitar , cuidar e aceitar as pessoas/espíritos e suas experiências e aprendizados, aceitar e evoluir.