Lanara Samartin
Os valores são comportamentos que escolhermos ter ou ser, gerando uma identidade. O que quer que sejamos, de fato, estará conosco em todos os lugares, sem se permitir ser fragmentado. Para usar uma metáfora, quando precisamos tomar uma medicação de uso contínuo, não importa o ambiente, você precisará levá-la consigo para todos os lugares; deve lembrar-se dela em todos os momentos, por uma questão de saúde. Assim são os nossos valores espirituais, algo muito legítimo que nada e ninguém é capaz de tirar de nós.
Ter compreensão sobre o que representam esses valores é saber utilizá-los em qualquer lugar, ainda que, em alguns momentos, seja necessário adaptá-los. A essência ainda é sobre você, com os mesmos princípios de ação, os mesmos códigos, assumindo a si mesmo.
Mas, esse despertar é muito mais profundo, já que requisita a visão do nosso verdadeiro Eu que é o do Espírito. Para que o diamante espelhe o seu brilho, precisa ser lapidado. O Espírito, também imperfeito, necessita do esmeril para que venha reluzir a sua luz, obscurecida com as nódoas existenciais da longa caminhada evolutiva. Somos Espíritos reencarnantes, evoluindo gradativamente e tendo arbítrio proporcional à evolução.
O desenvolvimento se faz sobrepondo vivências e experiências, boas ou ruins, sempre parciais, limitadas e tendenciosas, porque não acontecem por degraus e, sim, através de detalhes e facetas. Mas sempre cumulativo e necessitando de reciclagem, conforme amadurece o entendimento sobre cada detalhe da vida.
Alcançando as virtudes latentes no Espírito, estaremos seguindo as palavras e o exemplo do Cristo. Jesus, com a sua sabedoria, ensinou-nos, segundo João 8.32: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. O conhecimento do nosso Eu nos trará as verdades adormecidas e, quando reveladas pelo despertar da nossa Consciência, nos conduzirá ao necessário ajuste para seguirmos o caminho da luz.
Cultivar isso é fundamental para nossa evolução interior e, consequentemente, para promover a mudança que queremos ver no mundo. Virtudes como o afeto, a alegria e a compaixão nos ajudam a encarar as dificuldades que encontramos durante a vida com mais leveza e sabedoria.
Com essa atitude, aliada a tantas outras “virtudes”, estaremos percebendo a vida na perspectiva de “viver para o bem”, preenchendo o nosso campo mental com energias benfazejas que serão úteis para todos os que as recebem, e, para nós, como fontes renovadoras que aumentarão o nosso potencial criativo.
Esse é o dever de casa que precisamos realizar! A evolução será tão mais rápida quanto maior for o esforço que façamos para sempre voltar ao nosso centro, ao nosso coração. É dele que irradiam todos os valores do Espírito.
Podemos afirmar que essa é a maior batalha que o ser humano trava em suas existências. São conflitos interiores sem adversários externos. Entretanto, se escutarmos a voz silenciosa de nossas Consciências, certamente seremos exitosos nessa peleja diária ao encontro do nosso centro, o coração.
Belíssima reflexão o seu texto me proporcionou. A saber, hoje na nossa experiência senti uma presença ao meu lado na música suave e agradecer, o cumprimentei buscando sentir, pq ainda é muito sútil. No momento da música do chiclete com banana, eu perguntei e agora vou a dança e eu ouvi responder … fique tranquila eu estou onde vc está. Neste momento, eu sorri pela certeza está encontrando alguém que sempre senti perto de mim e chorei de muita gratidão. Feliz, muito feliz por esse encontro!! Sigamos!
Continua com essa conexão.