Autor: Sheldon Menezes
Existe um sentimento íntimo em quase todos os seres humanos de que devemos buscar a felicidade e de que somos responsáveis por essa conquista.
Essa busca tem sido uma constante ao longo dos séculos, ocupando a mente de religiosos, pensadores, filósofos, escritores e outros, na tentativa de traduzir esse sentimento, ensinando caminhos para a sua conquista ou descrevendo-a como algo inalcançável.
Quanto à avaliação da felicidade por parte da ciência, apenas há 60 anos a mesma começou a debruçar-se sobre ela. Acostumada a modelos cartesianos e pragmáticos, com hipóteses e teorias que sejam reproduzíveis, a ciência percebe os diversos e inegáveis benefícios nas pessoas que se dizem felizes, mas se depara com o grande número de variáveis que a envolvem, dificultando um padrão para sua investigação.
Os indivíduos têm anseios, percepções e desejos os mais diferentes. A felicidade de um pode contemplar aspectos relacionados com conquistas financeiras. Para outro, a sua conquista vem das oportunidades de diversões, de viagens. Um outro pode traduzi-la pela construção de uma grande rede de amigos. Formam-se, assim, inúmeros aspectos a serem analisados para um estudo aprofundado.
Porém os benefícios pessoais e coletivos, na vida de relação, nos rendimentos profissionais, no sistema imunológico, traduzindo em mais saúde, e mesmo nas questões sociais e políticas têm estimulado os estudos científicos por diversas instituições nacionais e internacionais a respeito da felicidade, percebendo que os seus efeitos são nítidos e fundamentais para os indivíduos e a sociedade.
Até os questionários envolvendo a análise da felicidade de uma população fazem parte da avaliação da qualidade da administração dos governos.
A ciência vem se desdobrando para desenvolver uma metodologia de análise que contemple a subjetividade que caracteriza a felicidade, percebendo sua importância.
Mas, somente quando a ciência contemplar nos seus estudos o conceito de que somos espíritos imortais, encarnando sucessivamente para a aquisição de habilidades e competências, compreenderá que a felicidade é a satisfação pela conquista de valores inalienáveis do espírito, como nos trouxe o espírito Ermance Dufaux, e, portanto, é particular a cada ser humano.