Autora: Ednilze Fideles
Existe uma sensível diferença entre crer e viver o evangelho, essa diferença nos remete ao precursor das boas novas que ele, espírito maduro nos apresentou com lucidez através da fala firme, de gestos nobres e atitudes corajosas e verdadeiras, esse ser chamado Jesus nos mostrou uma humanidade diferenciada. Esse ser singular, possuidor de inúmeras habilidades integradas, era magnético no olhar, possuidor de grande simplicidade na forma de ser e agir.
Jesus viveu profunda e intensamente no ambiente social, foi modelo e guia e viveu de forma profunda e intensa, cada ato ou ação representava o que internamente vivenciava. Esse ser singular se permitia ser integralmente humano, sem perder de vista sua designação pessoal. Nada escreveu, apenas viveu e exemplificou, não se colocou como professor, nem detentor de verdades absolutas, mas foi o mestre cujo discurso eloquente, fortalecido pelas atitudes, arregimentou uma multidão de espíritos sedentos de renovação.
Jesus foi e ainda é o grande educador de almas, o referencial seguro para conduzirmos nossa vida de forma diferenciada, foi capaz de identificar e entender as fragilidades humanas, sem julgamentos ou condenações, via e entendia os núcleos conflituosos de cada ser, como alavancas impulsionadoras para a transformação dos estados internos enfermiços, tinha entendimento, compreensão e aceitação para com os equívocos alheios, entendendo-os como possibilidades reais de amadurecimento pessoal e coletivo.
Jesus viveu sua imortalidade e fundamentou a certeza da existência do espírito, colaborou para que em momento próprio, quando a humanidade buscava uma nova razão para viver, o espiritismo pudesse apresentar o Ser Imortal como o norteador das experiências multidimensionais onde a vida na matéria é uma oportunidade para que essas individualidades vivam múltiplas experiências que lhe permitam interagir consigo em processos que favorecem o conhecimento de si mesmo no contato com o outro, a descoberta das habilidades internas e a possibilidade de mudanças que possam conviver no social de forma consciente e interativa.
Nesse sentido, a psicologia como saber humano traz importantes contribuições para o entendimento da arquitetura da mente, do fluxo contínuo dos processos psíquicos que determinam a forma como o indivíduo se coloca diante do outro. É nesse contexto que evangelho, psicologia e espiritismo dialogam entre si num fluxo harmônico entre o entender, o compreender e o vivenciar onde o espírito imortal consegue viver no coletivo sua singularidade.