Autora: Jeísa Crusoé

Este tema chega como um grande impulso para uma reflexão acerca de quem se é e qual o sentido e significado da existência. O mundo vive uma situação de pandemia decorrente do coronavírus, onde a fronteira entre o pânico e a prudência se confunde. Há um certo “medo do desconhecido” que se remete à morte…

As informações assolam as redes sociais – e, em vez de cumprir o papel de informar direcionando à soluções e ao equilíbrio, a enxurrada de postagens (sérias e falsas) ajudam a alastrar o terror entre os incautos. Que fazer diante deste cenário, de forma a preservar a sua saúde mental, o seu equilíbrio?

Receitas, manuais e orientações de toda ordem surgem diante de seus olhos, quer você queira, ou não. Quem já se encontra em desespero, quer seguir a tudo, sem visão crítica, sem reflexões… e segue compartilhando, querendo “salvar” a humanidade. Mas afinal, que se passa com as pessoas?

A busca salvacionista é percebida em cada esquina. Há sempre quem tenha o “mapa da salvação” para lhe socorrer. E o interessante é que, com tantos “mapas e guias”, as pessoas parecem estar cada vez mais perdidas em suas buscas e adoecendo psiquicamente. Dados da Organização Mundial de Saúde revelam que a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio, sendo que esta é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos de idade. Mas afinal, o que se passa? E, mais que isso, o que se pode ser feito diante deste cenário?

Pessoas lotam os consultórios de psicologia carregando consigo sintomas como a depressão. Os profissionais da Psicologia debruçam-se em torno do tema e com isto, a Psicologia tem avançado no sentido de perceber o indivíduo em todos os seus aspectos, incluindo o espiritual.

Mas ainda não é o bastante. A Psicologia avançou em número de abordagens, quando comparada ao que se tinha no século passado. No entanto, todas derivam e são baseadas em poucas matrizes. Mas o mais interessante nesse avanço é que, se antes estas matrizes rivalizavam entre si, uma excluindo a outra, hoje vemos a tendência em se trabalhar de forma eclética, integrativa e não excludente.

Esta mudança proporciona um manejo das melhores e mais adequadas práticas, tendo em vista a multifatoriedade em que se constitui um indivíduo. Isto implica em olhar para o indivíduo, não como um portador de sintoma, mas como um ser complexo, que possui a sua história, que carrega tendências, limitações e habilidades. Assim se alcança o Espírito!

Alcançar o Espírito significa compreender as marcas que o indivíduo carrega consigo e como lidar com elas. Significa perceber as influências espirituais que pela via da mediunidade a pessoa atrai – o que quer dizer esta ou aquela relação espiritual? Enxergar o Espírito é acessar o potencial que todos trazem e que, pela inconsciência, ainda não sabe fazer uso.

A Psicologia reconhece que uma espiritualidade presente na vida da pessoa pode ter uma influência positiva na saúde. Como pode ter também o efeito reverso, quando, por exemplo, está atrelada à ideia de culpas e castigos. E mais uma vez ressaltamos a importância em aliar a Psicologia à compreensão do espiritual em cada pessoa.

Assim é que hoje, século 21, percebe-se uma Psicologia que se abre, aprofundando no conhecimento de como a psiquê (ou mente) é construída e como ela funciona. Com isto, se chega mais perto daquilo que a comanda, o Espírito.

Quanto mais a Psicologia se aproxima da essência espiritual do indivíduo, melhor se compreende os processos humanos em sua complexidade. Mais depressa o ser humano entende o sentido e o significado de sua existência. Mais ele entende que é o senhor de sua Vida, do seu destino e que está nele o “mapa” que deve seguir. Autodeterminado, segue sem receios, sem medos, e encontra o sentido e o significado da sua existência.