Autor: Carlos Doria
A crença na reencarnação é compartilhada pela maioria da humanidade. Os povos antigos a consideravam uma realidade. Na Grécia, na Índia, no Egito, nas tribos norte americanas, dentre outros povos, existia a firme certeza da reencarnação e que a forma desse retorno a uma nova vida estaria vinculada aos erros e acertos cometidos, podendo haver o renascimento, inclusive, sob a forma de animais (metempsicose).
O panorama atual não é diferente. Uma pesquisa encomendada no ano 2000 pela Igreja Anglicana Inglesa e conduzida pela tradicional Universidade de Oxford, envolvendo 500 pesquisadores em 212 países, concluiu que dois terços da população terrestre acreditam em reencarnação. Porém, simples crenças históricas ou contemporâneas não provam nada e até mesmo os fenômenos de cunho espiritualista mais extraordinários não têm relevância para os céticos.
A partir da segunda metade do século 20, vários cientistas, especialmente na área da Psicologia, iniciaram protocolos sérios de pesquisa acerca da reencarnação. Destacamos os trabalhos de Ian Stevenson nos Estados Unidos, Hernani Guimarães Andrade no Brasil e H. N. Banerjee na Índia que investigaram milhares das chamadas “lembranças de vidas passadas”. Esses casos envolviam pessoas, especialmente crianças, cujas memórias da encarnação anterior eram perfeitamente claras, sabiam quem foram, como e onde morreram, reconheciam objetos pessoais e os parentes do falecido. Além disso, muitos tinham marcas de nascença ligadas à causa-mortis, em tudo semelhantes a tiros, facadas e queimaduras. Destacamos também o trabalho da psicóloga americana Helen Wambach, especialista em terapia de regressão a vidas passadas. Dra. Helen, a partir de aproximadamente 1100 relatos, realizou uma detalhada pesquisa comparando os dados históricos conhecidos (vestuário, alimentação, moedas, etc.) com aqueles referidos pelos pacientes em regressão. Em apenas 11 casos as informações apresentavam divergências.
No campo da neurofisiologia os achados também são relevantes. Sabendo que o cérebro possui áreas específicas para cada tipo de atividade, uma pesquisa conjunta do brasileiro Júlio Perez e do radiologista americano Andrew Newberg da Universidade da Pensilvânia utilizou tomografias funcionais (PET e SPECT). O estudo permitiu demonstrar que os relatos obtidos a partir da terapia de regressão a vidas passadas ativavam as áreas cerebrais ligadas à memória, ou seja, eram reais, os pacientes contavam fatos realmente acontecidos numa vida anterior, diferentemente do encontrado quando os pacientes mentiam ou apresentavam quadros alucinatórios. Esses ativavam outras áreas.
Assim, a reencarnação não é mais uma simples questão de fé. Ela é uma realidade que vem sendo exaustivamente pesquisada e confirmada por cientistas de renome das grandes universidades. Na verdade, o que nenhuma pesquisa até hoje foi capaz de demonstrar é que a reencarnação não existe.
Perfeita recopilação histórica e científica!