Autora: Jane Mota
Estou vivendo o maior dilema de minha vida… E eu que pensei que estava pronto e perfeito. Cheguei aqui ainda atônito, sem entender direito o que havia acontecido… muito tempo se passou até eu integrar a ideia de que tinha desencarnado. Jovem, médico de sucesso, vivi uma vida relativamente boa, cumprindo de forma determinada todo o meu aprendizado na faculdade de medicina, onde realizei o sonho de menino, o sonho de meus pais. Dediquei cada segundo para me tornar um profissional irretocável. Fui o melhor aluno da turma e recebi o privilégio de ser seu orador na cerimônia de formatura.
Bem… voltando ao tempo de agora, aqui estou, no mundo dos desencarnados, tentando me adequar e atuar utilizando a minha melhor habilidade que é a medicina. Mas não sei como… Melhor profissional? Salvei vidas! Eu sou exímio conhecedor de cada parte, de cada órgão do corpo humano. Perguntem-me sobre os sistemas respiratório, digestivo, cardíaco… não há nada que não tenha visto e estudado… nada! Nos plantões, lidei com todo tipo de patologia… Diagnóstico? Eu era o melhor! O paciente para mim era uma máquina cheia de engrenagens e quando uma delas falhava, eu entrava em cena para consertar… corrigir, curar! O céu era o limite para mim. Porém, quando não havia mais conserto e as engrenagens não respondiam às minhas ordens, simplesmente recuava. Deixava para os Assistente Sociais e Psicólogos essa etapa, que a meu ver, não tinha relevância. Recusava-me mergulhar no universo emocional e psicológico dos pacientes. Minha praia era a engrenagem concreta!
Agora estou aqui, nesse lugar, onde tempo e espaço se fundem em ausências de engrenagens… Aqui estou, sem saber o que fazer com meus saberes, com as minhas habilidades… de nada servem. Não aqui. Pois aqui não há engrenagens… A linguagem aqui é outra. O que é necessário aqui… eu não aprendi e não exercitei. Não olhei nos olhos dos meus pacientes e nem ao menos coloquei a mão em seu ombro ou lhe toquei a mão num gesto de consolo e de transmissão de qualquer sentimento. Muitas vezes, sequer lhe dirigi uma palavra.
Vivo, agora, um outro momento em minha trajetória. Começo a entender e quero me abrir para aprender. Aprender a transcender. Enfrento agora a minha ignorância e faço dela meu aprendizado. Como não percebi que havia algo mais, além das engrenagens e que havia um espírito ali? Como não percebi. Sabe aquele estudante que insistia em não transcender? Esqueçam. Hoje sou um aprendiz da incessante vida. Meu olhar, antes materialista, agora transcende além dos muros da cegueira do egoísmo. Agora busco ver além do que se mostra… busco ver o sentir. Busco amar!
Fantastica essa msg. Na maioria das vezes é o que nós fazemos na terra. Mas pergunto como ser diferente numa siciedade e familua que nis cobra e nos direciona para assim.proceder, qdo somis ainda inexperiente?
Olho para meus educandos e seus pais, com amor , cumpro minhas responsabidades e compromissis. Mas mesmo assim muitas vezes , o dinheiro é o objeto principal. Mas estou me redimindo.
Oi Jane Russel.
Essa sua reflexão e inquietação, está em todos nós, que experimentamos esse mergulho na busca do autoconhecimento. Esse é o caminho. Se autoconhecer, para entender e acolher o outro que não está no mesmo momento que nós. Na ULE, especialmente no CICLO II, imergimos em nossos aspectos desconhecidos (nossas sombras e complexos), para não nos vitimizarmos, nem tampouco terceirizarmos nossos conteúdos.
Esse ambiente complexo que é o EU, muitas vezes aprisionado em crenças e absoluta inconsciência se abre para as percepções do outro, e assim nos permite transcender além do que é. Na nave ULE, aprendemos a ser. Não igual, ou diferente… apenas um EU responsável e conhecedor de si mesmo. E nesse caminho sem volta, nosso olhar para a vida e para as pessoas muda. E porque? Porque saímos do lugar comum de julgar para compreender, mesmo discordando.
Paz!
Jane Mota
Quantos de nós a todo momento penetra o umbral do plano astral sem consciência ? Até mesmo aquele que estudou ou divulgou o mundo dos Espíritos se surpreende com a chegada da morte e percebe que não se preparara o suficiente para a passagem … e tudo isso porque o que realmente importa na vida é o que você faz com o que você sabe. Falar em palestras sobre a desencarnação não nos prepara para esse momento se não mudarmos nossa conduta e colocarmos o amor e a tolerância no nosso dia . Viver verdadeiramente os passos do Cristo é o que nos deixa aptos para viver além da vida !
A passagem em comento traz a tona um grande ensinamento que não alcança somente a medicina, mas a todas as profissões e, mormente, o convívio diário com nossos irmãos de carne. O foco deve ser sempre e amor, o apoio e a caridade e esses atos são perfecbilizados pela atenção, pelo carinho e pelo respeito.
Sempre interessante essas leituras, para a percepção de que o conhecimento material se dissipa diante da imensidade espiritual
O texto nos leva a refletir: qual o meu propósito de vida? Não, simplesmente da vida física, mas como Espírito que sou. É preciso expandir a consciência para enxergar muito além das conquistas materiais e dos nossos apegos aos que nos são caros, percebendo o outro verdadeiramente como irmão.
Verdade Antônio. Precisamos nos enxergar para além do personagem que vivemos nesta encarnação, e cada vez mais nos percebermos como espíritos imortais que somos. Assim, o nosso propósito de vida estará direcionado para aquilo que realmente nos faça evoluir… Abraços fraternos
Texto maravilhoso! Nos faz refletir sobre a transitoriedade do personagem que estamos e nos reconhecermos como o Espírito imortal que de fato somos.
Tentar sempre quando tiver diante do outro, a vê como uma alma humana, que sente, vê, chora, ri, tem todos os sentimentos como nós. Procura a empatia, se colocar no lugar do outro, não é fácil, e difícil, mas pode ser exercitado. Eu agora trabalhando como monitora da ULE, estou feliz, porque posso praticar este ideal do espírito. Ser amoroso, empático, onde todos são iguais. Gratidão a todos da ULE pela oportunidade. 😋😋♥️
Maravilhoso texto!
Nos faz refletir o quanto é importante fazer o nosso auto-analise. Procurar olhar o outro com mais compaixão. É preciso saber o nosso proposito de vida.