home Estante da ULE Resenha da obra “Viver como Espírito”
Estante da ULE

Resenha da obra “Viver como Espírito”

Autor: Eduardo Dantas

Mal nos acostumamos com a ideia de voar – que bom! –, já temos roteiro para seguir a liberdade da vida plena do Espírito, autoconsciente de si e de seu bem mais precioso, a imortalidade pessoal. Esse roteiro nos é apresentado agora, pelas palavras inquietas de Adenáuer Novaes, na mais nova publicação da Editora da Fundação Lar Harmonia: o livro Viver como Espírito.

A obra, que tem 240 páginas, chega às nossas mãos como a sequência para o convite a um jeito de viver que nos foi provocado pela publicação anterior, O Voo do Espírito. Diferente daquela obra, que tinha um caráter mais inaugural e estava focada em aspectos de conteúdo teórico, esta é uma publicação de caráter vivencial, prático. A primeira fez uma cartografia, uma espécie de mapa; esta, a segunda, já parece ser uma companhia prática para a vida cotidiana, porque leva a cabo as provocações teóricas anteriores para mostrar o jeito de ser e de viver enquanto nos realizamos na vida cotidiana.

Os conteúdos da obra que apreciamos parecem ser o resultado de uma jornada de escrita do autor que foi se aproximando de seu desejo mais profundo de autoria, de sua marca mais essencial de posicionamento e de sua escolha mais íntima de percepção e de produção de sentidos. Não por coincidência, ele mesmo, o autor, entra nas páginas de sua fala, agradecendo aos alunos da formação em Psicoterapia do Espírito, indício de que a obra, além de resolver questões de seu desejo particular de enunciar, também se encontra em diálogo com os novos pares com quem tem contracenado na tessitura de suas novas e instigantes ideias.

Adenáuer Novaes, como sabemos, porque já somos seus leitores, tem compromisso declarado e explícito com a divulgação de conteúdos que façam o espírito dar conta de si e de sua condição. Desde sempre, tem recuperado saberes sobre a realidade espiritual para, junto com o que também tem construído a respeito da Psicologia do Espírito, mobilizar corações e mentes para uma Vida – em maiúsculo como ele prefere – significativa.

De modo particularmente especial, além de toda essa mobilização para o viver, encontrarmos também no livro a descrição do que é e do que acontece na Casa Harmonia, lugar do qual fazemos parte, com o qual nos irmanamos, ao qual pertencemos – nós que trabalhamos nos projetos da Fundação que é Lar de igual nome. Entrar na casa e entrar no “Viver como Espírito” é uma aventura sem igual, instigante, intrigante, transformadora, como perceberemos na leitura.

Por esse texto, somos parte da casa maior, somos parte da ideia maior do autor e somos ainda parte do que é maior em nós, em nosso processo mais profundo, condição mais essencial, realização mais plena. Quando vivemos como espíritos, integramos as realidades mais complexas do que é mais profundo em nós, assumimos a vida material como parte da expressão dos potenciais do ser, tomamos a autodeterminação como meta real, vivemos o sim de cada processo ou o não de cada relação com a mesma intensidade. Somos instados a viver a nossa realidade como construção pessoal, enxergando que é do que há em nós que se faz aquilo que nos rodeia.

Se aprendemos, com O Voo do Espírito, a sair do que nos faz rastejar, temos, em Viver como Espírito, régua e compasso para seguirmos pelo que são as nossas alturas. Que a leitura da obra seja o nosso Sim à tentativa de realizar modos práticos de vivenciar a condição de Espírito imortal na vida material, utilizando-se de um personagem. Que, por seus roteiros, permitamo-nos experimentar, experienciar, VOAR, VIVER.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *