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Turismo interno

Autora: Lanara Samartin

Refletir sobre a temática “Viver como Espírito” me faz constatar a individualidade que somos, que temos algo que é ímpar em nós, irrepetível!! Porém, o que me inquieta é perceber que mesmo dentro dessa individualidade, singularidade, existem episódios comuns a todos que não deixam de propiciar a cada um, uma condição particular de vida.

Essa constatação ocorreu quando, em um determinado momento da minha vida, eu me peguei observando a mim mesma. Observava-me como se fosse outra pessoa, ponderando sobre a minha realidade de vida, minha trajetória, meus valores, predisposições e, inclusive, minhas frustações e decepções.

Imagino que muitos já devem ter vivido um momento igual, não é mesmo? E, assim como eu, devem ter se perguntado o para que isso ocorre. Eu me permiti realizar esse turismo interno e avancei em direção a conclusões muito interessantes que me motivaram a escrever esse pequeno texto.

JUNG afirma o seguinte: “é mais fácil construir uma máquina que nos leva a rua, do que uma com o conhecimento que nos leva ao interior de nós mesmos.”

O que pude observar é que existe algo mais do que um Ser que pertence a uma família, a uma classe social, que tem um CPF, uma data de nascimento, uma profissão! Tudo isso tem a sua importância e o seu papel, porém é a ponta do iceberg.

Realizando um inventário da minha vida, analisando as minhas emoções, sentimentos, a minha psiquê e o meu “como vivo”, constato que há dentro de mim um Ser que me define, me obedece em algumas coisas, mas em outras se mostra arredio, em uma tentativa de alinhamento, muitas vezes ainda não tão lúcido e claro para mim. Nesse contexto, percebo quantas coisas surpreendentes fui capaz de realizar – algumas boas, outras nem tanto.

Segundo Aristóteles, a “essência” que define o SER. Temos um SER em ato – aquele que se apresenta e temos um SER em Potência – aquele com capacidade de tornar-se diferente, transformar-se!

Toda essa realidade me convidou a refletir o que se passa comigo. Seria possível entender melhor sobre mim mesma? Quem sou?

E aqui compartilho a feliz realidade! Como aluna da ULE, encontrei nessa Universidade o caminho, respostas sobre como eu poderia aprender acerca de mim mesma, ferramentas para desenvolver ideias próprias para lidar com os desafios e me relacionar melhor com o mundo. Sem respostas sobre nós mesmos, o caminho é fazer perguntas! E, exatamente há 4 anos e meio de investigação sobre mim, tomando como base os aprendizados da ULE, posso afirmar que avancei significativamente na direção almejada – “Viver como Espírito”.

E essa busca, aliada aos aprendizados integralizados na ULE, leituras das obras referenciadas, e aqui destaco o livro “O Voo do Espírito”, agregou, à minha compreensão sobre essa temática, considerar como princípio básico de que o ser humano é Espírito Imortal. Voar é para os pássaros e para aqueles que estão dispostos a criar asas. O voo do ser humano certamente é mais ousado do que o dos pássaros e muito mais transcendente do que seus horizontes, tornando-se possível através da mediunidade.

Ao reconhecer, compreender e utilizar os recursos que regem a verdadeira viagem, pude fazer escolhas mais assertivas, utilizar os apêndices de forma potencializada e finalmente aproveitar a viagem!

O expresso desejo do autor através da mensagem da sua obra me permitiu encontrar respostas para minhas demandas internas, para me conhecer, despertou sentimentos que libertam, me convidou a compreender as razões da minha própria existência, do que tem acontecido e continua acontecer! Senti esperança no relacionamento maduro comigo mesma e com os outros, entendendo que é através dessa construção que me percebo, compreendendo a realidade como mera interpretação subjetiva, extraindo de cada experiência o máximo proveito para a minha caminhada evolutiva, sendo essa evolução através do amor!

Definitivamente, ser estudante da ULE com todo arcabouço teórico que ela me oferece, me faz experimentar ser eu mesma, livre, consciente e muito mais preparada para essa viagem significativamente emocionante e divinamente arriscada chamada Existência.

E, bem a minha frente estava um pássaro, ao sentir me aproximar, voou tranquilo, ganhando seu voo, espetacular altura, deixando na área o registro, a sua marca, desenhados os seus pezinhos na areia. Seja esse Espírito que passa pela vida, deixa marcas e levanta seu voo! Voe sempre! Isso é viver como Espírito Imortal!

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