Autora: Rita Lobo
A Educação escolar vem há algum tempo sinalizando a necessidade de mudanças em seus paradigmas. Os processos de ensino e aprendizagem (PEA) em diferentes áreas de conhecimento, anteriormente fundamentados em uma pedagogia tradicional, vêem-se fadados ao fracasso, frente a uma sociedade em constante transformação. O aprendiz da contemporaneidade já nasce imerso nas tecnologias digitais, e possui habilidades anteriormente não identificadas, especialmente nas crianças de tenra idade.
Tais habilidades participam da constituição do sujeito do terceiro milênio. Isto porque, o homem em seu processo de evolução fez a ciência avançar significativamente, apropriando-se de uma tecnologia cada vez mais refinada e ao mesmo tempo efêmera, modificando drasticamente seu modo de viver, trabalhar, divertir-se, relacionar-se com o outro, e consequentemente de aprender. Nesse sentido, os PEA em diferentes espaços são impelidos cada vez mais a mudanças, pois o modus operandi da pedagogia tradicional já não consegue promover a aprendizagem diante da forte incorporação das tecnologias digitais na sociedade.
Nesse contexto surgem as Metodologias Ativas (MA) ou estratégias ativas (trabalho com grupos reflexivos; oficinas; interpretações musicais; dramatizações etc.), que visam um PEA no qual o sujeito que aprende assume o papel de protagonista do seu processo de aprendizagem e tem as tecnologias como mediadoras desse processo e criadoras de ambientes alternativos e espaços virtuais de aprendizagem. O tempo e o espaço passam a ter uma nova caracterização bem diferente da escola tradicional e presencial, a dimensão virtual de aprendizagem. O sujeito pode estudar e aprender a qualquer momento e em qualquer lugar no qual possa conectar-se.
Em meio a tudo isso um novo desafio nos surpreende, a COVID-19 (coronavírus), provocando uma pandemia mundial e desencarnes coletivos. A impossibilidade de nos conectarmos pelo contato físico, sob pena de contribuir para a disseminação do novo coronavírus e de aumentar a contaminação, nos impôs múltiplos desafios. Um desses desafios, que é global, consiste em acelerar o processo de aprendizagem e a evolução espiritual, por meio da dimensão virtual. Além disso, a redefinição das relações afetivas e familiares para uma perspectiva mais voltada para o espiritual e para a aceitação do si mesmo e do outro é impostergável, frente ao isolamento social familiar.
A partir de toda a realidade descrita, a Evangelização Espírita vê-se também imbuída na tarefa de atualizar o seu processo, incorporando as MA seja em ambientes presenciais, virtuais ou híbridos, para contribuir na constituição de habilidades do sujeito, o Espírito Imortal. Para tanto, o uso de tais estratégias pode caracterizar-se como meio eficaz para promover a aquisição de novas habilidades para o Espírito e sua consequente evolução.
Adorei a matéria .