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Sobre a sombra da árvore da vida

Augusto Tuy

Não há maneira de substituir uma velha companheira. O valor das memórias compartilhadas e da vivência de tempos difíceis juntos, além das discussões e reconciliações, é inestimável: são muitas emoções vivenciadas lado a lado, relações que não podem ser reconstruídas. É, em vão, tentar plantar a árvore da vida e esperar que, rapidamente, possa abrigar-se sob a sua sombra.

Que se faça uma reflexão breve sobre os anos de convivência e observe como essa ligação se desenvolveu e se fortaleceu ao longo do tempo. Recorde-se das emoções compartilhadas, dos momentos alegres e dos tristes. Com certeza, ver-se-á que a cumplicidade, a amizade e a lealdade não surgiram de forma instantânea.

A confiança e o respeito não apareceram do nada, houve muito empenho nesse processo, entre esses dois mundos repletos de semelhanças, mas também de várias divergências. A árvore da vida que foi plantada precisou de cuidados constantes e esperança eterna, necessitou de tempo, luz e chuva.

Ao se desfrutar de sua sombra, após anos de investimento mútuo, é fácil entender que não adianta plantar a árvore da vida e, logo após o seu plantio, viver de sua sombra, pois ela demora para crescer e se desenvolver. Apenas o tempo não é suficiente, nada serve num século em solo pobre, enfrentando secas e falta de sol.

A árvore da vida não se desenvolve sem a atenção da natureza, uma relação prospera quando é nutrida diariamente e lembrada sempre com carinho e dedicação. Essa leal amiga de amanhã é a parceira de lutas de hoje, aquela com quem se enfrenta dificuldades e que, com paciência e compreensão, se acompanha.

Ainda jovem, a árvore da vida oferece uma sombra pequena e instável; às vezes, ela está firme, às vezes balança com os ventos das tempestades, e, por isso, ela ainda não se considera uma árvore, não acredita em sua capacidade de filtrar a luz intensa do sol. Só ao receber os cuidados adequados, ela se tornará mais forte, ampliando sua copa e se transformando em uma árvore majestosa.

Velha amiga de muitas aventuras e vivências compartilhadas, coisas aprendidas que pareciam inúteis e sempre ditas que teriam a sua utilidade mais tarde. O conselho aprendido de que se viva a vida com equilíbrio, sem nunca esquecer de praticar o bem, pois só se leva, na medida certa, se se ajudar os outros a levarem também. Quando disser para a árvore da vida “Eu te amo”, não se esqueça que está fazendo uma promessa com o seu Espírito, portanto, tente honrá

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