Autor: Robyson Uzêda
A psique tem na sua conformação a consciência e o inconsciente, este se divide em pessoal e coletivo.
Tudo que recordamos encontra-se na esfera da consciência. Já no inconsciente pessoal, estão armazenados os complexos, conteúdos com forte carga emocional; também aí se acham as sombras, ou seja, aquilo que temos e que não gostamos ou que, por qualquer motivo, não desejamos que sejam expostos. Dito isso, é possível entender que existem fatos que serão facilmente lembrados e outros que simplesmente serão “apagados da memória”, da consciência.
E porque não recordamos de tudo? Para que algo fique marcado e registrado em nossa memória e, portanto, guardado na consciência e lembrado a todo e qualquer instante é necessário que passe pelos órgãos dos sentidos e por conseguinte nos afete, em outras palavras, inexoravelmente terá que haver uma carga emocional associada ao fato. Ocasionalmente um determinado fato poderá permanecer latente” no inconsciente, devido ao trauma provocado, surgindo excepcionalmente, quando houver um gatilho com igual poder emocional para desencadeá-lo.
É do conhecimento daqueles que se dedicam ao estudo do espiritismo, que a mente (psique) é um órgão do perispírito, e que este tem várias funções, dentre elas a de armazenar as experiências vividas pelo Espírito ao longo de toda a sua trajetória. Tais experiências são constituídas de emoções, de pensamentos, que transformadas em ideias poderão de acordo com a vontade e o desejo se concretizarem, influenciando diretamente o corpo físico que o Espírito utilizará como “ferramenta de evolução”.
A estrutura que permite a formatação do corpo físico é o gen, e este sofre a influência da frequência vibratória do perispírito, consequentemente, tudo que ficar gravado no perispírito será transmitido ao corpo físico na forma de marcas físicas ou psicológicas, de maneira que se tornem conscientes ao eu. Tais marcas, são denominadas de estigmas.
Os estigmas podem ser adquiridos durante a vigência da encarnação, assim como no interregno entre uma e outra. Vários fatores podem afetar e estigmatizar uma pessoa; anões, filhos caçulas, filho único, a escravidão, a questão racial, preferências religiosas – a mediunidade, são alguns exemplos. Mas, há duas outras condições de suma importância para a permanência de um estigma, o sentimento de culpa e o trauma emocional. Ambos determinam uma “marca” psíquica, perispiritual.
Os estigmas não perenes, podem ser dissolvidos, entretanto, há casos em que o indivíduo precisará de ajuda psicoterapêutica a fim de entender, assimilar e dá outro significado às questões originárias.
Se por um lado é facilmente detectável o fator causador, há casos que ficam sem explicação pelos métodos convencionais de estudos. Não por acaso, vários autores tem se dedicado a esses estudos. Para ilustrar seguem três trabalhos interessantes do departamento de psiquiatria e ciências neurocomportamentais da Universidade da Virginia:
Stevenson, Ian. Reincarnation and Biology: A Contribution to the Etiology of Birthmarks and Birth Defects.
Tucker JB. Life Before Life: A Scientic Investigation of Children’s Memories of Previous Lives
Tucker JB & Keil HHJ. “Experimental birthmarks: New cases of an Asian practice.