Autor: Sheldon Menezes
Com o crescimento do poder daqueles que professavam a Religião Católica ao longo dos séculos, ampliaram-se também os desmandos, as perseguições, torturas e mortes, principalmente ao longo da Idade Média. Como um movimento natural, surge, principalmente no Século 21, uma oposição a tudo que até então representava os valores religiosos vigentes à época. Sai Deus, entra o homem; sai religião, entra a ciência; sai o dogmatismo, entra o pragmatismo. Tudo tinha que passar pelo crivo da comprovação científica.
Ao mesmo tempo, inicia-se o fenômeno das “mesas girantes”, atraindo inúmeras pessoas, principalmente na França, um dos principais centros culturais do mundo. Pessoas iam se divertir nos salões sem se darem conta de que ali estava ocorrendo uma eclosão de diversas manifestações de Espíritos, mas que sempre ocorreram ao longo da história da humanidade, só que de forma isolada. Os espíritos, utilizando-se da frivolidade humana, atraíam as pessoas para um contato mais próximo. Porém, outras pessoas, com uma visão mais especulativa, desinteressadas das brincadeiras que transcorriam, começaram a perceber a existência de uma inteligência por trás daquelas comunicações. Foi o caso do professor Hipollyte Léon Denizard Rivail, Allan Kardec, que estudou com profundidade essas manifestações e codificou o Espiritismo, que surgiu como religião, filosofia e ciência. Mas as pessoas estavam cansadas de ouvir falar em religião. Por conta disso, a mediunidade, um dos princípios do Espiritismo, que o estuda com maestria, e presente também em outras religiões, sofreu com essa dicotomia estabelecida.
Importante se faz esclarecer que a ciência não nega a espiritualidade; ela apenas não é objeto de estudo da ciência. Alguns cientistas é que, de forma equivocada, negam os princípios espirituais. Muitos cientistas foram inspirados por espíritos. Outros se debruçaram sobre a mediunidade, inicialmente querendo comprovar a sua inexistência, mas acabaram cedendo às evidências claras da sua realidade. Nas artes, principalmente no cinema, temos visto a criação de ideias aparentemente de ficção científica, que se tornaram realidade depois. Certamente, isso se deve à inspiração de espíritos ou às próprias experiências trazidas do mundo espiritual.
A dificuldade da ciência em perceber que somos espíritos imortais e que é possível o intercâmbio com os desencarnados têm trazido um retardo no processo evolutivo do nosso planeta. Podemos dizer que ainda não havia amadurecimento suficiente para essa percepção ou uma resistência por ignorância ou medo de perda de um suposto saber ou poder.
A Terra é uma cópia limitada do que acontece nos planos espirituais e a mediunidade pode favorecer um aprendizado através do intercâmbio com os espíritos que estão vinculados a ela.
O aproveitamento do conhecimento dos espíritos que foram grandes cientistas e que, com certeza, seguem evoluindo, pode nos trazer grandes avanços. Desprezar essa oportunidade seria sinônimo de ignorância. Basta pensarmos em Einstein, Leonardo da Vinci, Michelângelo e outros tantos notáveis que já trouxeram tanto saber.
A conceituada revista Neuroendocrinology Letters revelou que o espírito André Luiz, no livro Missionários da Luz, antecipou em 60 anos as informações somente hoje comprovadas pela ciência a respeito da glândula pineal.
Quanto poderemos avançar em conhecimentos se os cientistas passarem a aproveitar esse vasto campo do saber! Mas tudo tem seu tempo e esse momento tem chegado de forma cada vez mais intensa, rompendo barreiras do preconceito em prol da verdade que brota de todos os lados.
Imaginemos quando todos se derem conta de que ciência e mediunidade podem se complementar! Os avanços tecnológicos na medicina, engenharia, eletrônica, agricultura, comunicação, transportes, os ensinamentos da física quântica, os conhecimentos a respeito do Universo, entre outros. Os benefícios serão infinitos. Estaremos inaugurando uma nova fase evolutiva na Terra.