Equipe Editorial
Somos imortais. Isso é um fato. Um fato que nos ultrapassa, independe de crença, de interpretação religiosa. Somos vivos e, assim, permaneceremos. Essa nossa condição primeira é uma realidade já agora, já aqui. Mas o que significa ser imortal, antes mesmo de morrer o nosso corpo físico? Seria absurdo imaginarmos a nossa condição de quem ultrapassa os limites do corpo material, estando ainda nele, isto é, sem precisarmos esperar a desencarnação para essa percepção?
Quando dizemos isso, estamos convidando você a perceber sua capacidade de transcendência ainda na imanência, na condição material. Se temos a certeza de que somos espíritos imortais, como pretendemos lidar com essa realidade agora, aqui? O que é ser imortal na jornada cotidiana, no trabalho, na vida comum?
Essas questões chegam a nós como um convite a que não esperemos o desencarne acontecer para experimentar a vida do Espírito, não esperemos os grandes eventos, os grandes acontecimentos, as grandes epifanias para nos colocarmos na vida, no lugar do material, do espiritual, do virtual, como Espíritos que usam um personagem, controlam suas escolhas, atentos aos projetos que lhe identificam. Em uma primeira leitura, a afirmação de ser imortal parece algo bastante simples – ou comum. Mas essa afirmação, quando integrada e vivida conscientemente, tem o poder de mudar de modo radical, profundamente significativo, a forma como lidamos com as questões da vida encarnada.
Nesse processo, a consciência de ser Espírito chega como um entusiasmo, como uma força de vida que nos coloca diante das experiências que temos com um profundo desejo de realizar, de protagonizar, de ser a diferença no (nosso) mundo. Essa consciência, pois, alegra-nos. Essa consciência nos faz assumir os desafios da vida com um encorajamento, um empoderamento, com uma vontade de viver todas as possibilidades.
Ser imortal ainda no corpo físico é, portanto, assumir um compromisso radical com todas as possiblidades do viver, com todas as formas de estarmos aqui. Por isso, não precisamos aprender a nos tornarmos autoconscientes da nossa condição de imortais simplesmente para nos organizarmos melhor para o desencarne ou evitarmos certos tormentos. Não. Essa consciência é maior que isso: é uma chave pela qual estamos no mundo e entramos no campo das significações.
Não é empolgante?
É, sim!