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Autodeterminação do Espírito

Djalma Argollo 

    Um aprofundamento da Psicologia do Espírito, o qual recoloca a Psicologia de volta ao seu significado real, como era entendido nos tempos da Grécia Antiga. Pois, Como é sabido, a palavra psicologia, etimologicamente, tem origem no grego antigo psykhología, formada pela junção de dois elementos: psykhē = “alma”, “sopro vital”, “princípio da vida”; e logía = “estudo”, “tratado”, “discurso racional sobre algo”, derivado de lógos, que significa “razão”, “palavra”, “princípio ordenador”. Assim, psicologia significa literalmente “estudo da alma” ou “discurso racional sobre a alma”.  Nos escritos gregos clássicos, psykhē designava aquilo que anima o corpo – o princípio invisível da vida e da consciência. Para Homero, a psykhē era o sopro que abandonava o corpo na morte. Com Platão, adquire um sentido mais espiritual, sendo imortal e preexistente ao corpo. Aristóteles, em sua obra Peri Psychēs (De Anima), define a alma como “a forma de um corpo natural que tem a vida em potência”, isto é, o princípio organizador dos seres vivos.

Em A Autodeterminação do Espírito, de autoria de Adenáuer Novaes, entramos no que diz o seu subtítulo “A soberania do ser em si e seu Campo Pessoal”. E isto é importante porque a obra apresenta uma orientação pragmática, ressaltando o que as Obras Básicas nos trazem: somos os responsáveis pelo nosso destino, de forma absoluta. Somo nós, enquanto experiência do Espírito (aqui significando o que Allan Kardec denomina de “princípio inteligente do universo”), o qual cria os personagens espirituais e físicos, dos quais se utiliza no processo de descobrir o objetivo para o qual foi criado. O ego, como instrumento criado pelo Espírito para vivenciar as diversas existências físicas, lhe possibilita atualizar potencialidades ínsitas em si pelo próprio ato da criação. O Campo Pessoal  nos permite atuar sobre a realidade, retirando qualquer conceito de acaso, ou outra falácia do racionalismo, para moldar as circunstâncias existenciais de modo a desenvolvermos um destino que seja de maneira contínua, na busca da finalidade maior a que todos estamos destinados. Esse e outros conceitos criam uma nova perspectiva  quanto ao nosso posicionamento diante da Criação. O Espírito é o fundamento da existência; cria a realidade, utilizando-se dos elementos que o meio coloca à sua disposição, os quais ele dispõe, da maneira que seja mais apropriada para suas experiências. É ele, Espírito, quem se  autodetermina os objetivos a alcançar e cria as condições para que sejam atingidos, sem preocupação com limitações de tempo e espaço. Quando o ego se alinha ao Espírito, descobre-se possuidor de autodeterminação e se apossa de recursos valiosos para a realização do que Jesus trouxe para nós ao dizer: “Vim para que tenhais vida, e vida em abundância.” (João, 10:10).

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