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Mediunidade: ferramenta de iluminação

Dan Barros 

Você já teve a oportunidade de assistir a uma aurora? O nascer do sol em todo o seu esplendor? Ver cada pedaço de terra sendo iluminado pela luz do astro maior do nosso Sistema Solar é uma experiência que traz, ao Espírito, a percepção do quão maravilhoso é vivenciar esse estágio da encarnação, ao passo que nos mostra, poeticamente, que precisamos deixar o sol interior iluminar o ser que somos.

Durante o percurso de autodeterminação do Espírito, o autoconhecimento é um dos primeiros passos que precisam ser dados para o sucesso. Colocar luz em locais propositadamente obscurecidos em nosso inconsciente é fundamental para que encaremos quem somos essencialmente, assim como para que busquemos estratégias para superar os desafios e conquistar novas habilidades.

Nesse sentido, a mediunidade assume um papel revelador de sol dentro de nós, pois vai nos colocar em contato com esse interior inacessível. Como afirma a literatura espírita, a conexão mediúnica é possível quando o médium e o Espírito desencarnado estabelecem uma ligação utilizando seus aspectos em comum, muitas vezes relacionados a complexos presentes em ambos. Ou seja, ao experimentarmos a mediunidade, entendemos que muito do conteúdo expressado pelo desencarnado está, também, presente em nós, trazendo, à consciência, aspectos que precisamos atentar em nossa vida.

Com a prática da mediunidade consciente, podemos realizar, ao final da conexão, o movimento de autoavaliação, com foco em entender a mensagem recebida e refletir o que isso diz, intimamente, sobre nós. É comum, quando trabalhamos e educamos a faculdade mediúnica, percebermos um padrão nas comunicações, muitas vezes sendo repetidas experiências, sentimentos e emoções durante o transe, fato que é revelador para ambos os envolvidos. Como já dizia o ditado popular: “Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo”.

Portanto, mediunidade, como Aurora Consurgens, consiste em não a ver apenas como um fenômeno interdimensional, mas como uma ferramenta reveladora do Espírito, que promove a compreensão de si mesmo e de seus complexos. Se aplicarmos a mediunidade como emergência de conteúdos inconscientes, tanto pessoais quanto arquetípicos, que pedem integração, aproximamo-nos do processo de individuação, em que o médium é como um alquimista, transmutando suas experiências psíquicas em sabedoria e compaixão.

 

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