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 Experiências que não passam despercebidas

Ricardo Plenas 

Recentemente, em viagem de férias com a família, tive a oportunidade de conhecer um canto, um tanto quanto pitoresco, do mundo. Uma das experiências nesta viagem foi marcante. Em um dos passeios, visitamos um trem e um antigo presídio local. Naquele presídio, viveram criminosos e presos políticos entre os anos de 1902 e 1947.

Para a maioria das pessoas que estavam nesta visitação, era apenas mais um passeio histórico. Por outro lado, para outras pessoas, tanto o sofrimento quanto as pessoas já sem o corpo físico se faziam presentes durante a visitação.

O clima era muito denso. Além da beleza da natureza vista a olho nu, havia também muitas outras coisas acontecendo, em outra dimensão, que não passaram despercebidas para alguns que ali se encontravam. Ali também era um lugar de muita dor.

Um parente próximo estava captando aquele ambiente de hoje, com todo seu histórico, assim como percebendo os desencarnados ali presentes, que ainda sofriam por algum motivo. Manteve-se tranquilo ao mesmo tempo que não pôde deixar de relatar suas sensações sobre o ambiente.

O que de fato aconteceu nessa experiência? Como podemos nomeá-la?

Seria o caso de participação mística, de psicometria ou mediunidade?

Tudo passa por nossa mente, ela que é o grande caldeirão da vida: as interações com o ambiente, com os objetos inanimados, com outros seres vivos; as interações inconscientes que fazemos com outras pessoas, as conscientes também; as interações com as pessoas de “carne e osso” e com as sem também. Assim como uma grande máquina de usinagem, nossa mente age sobre todos estes aspectos, pois não é uma instância passiva, muito pelo contrário.

O termo “Participação Mística” foi cunhado pelo filósofo e sociólogo francês Lévy-Bruhl e amplamente utilizado pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung em suas obras. O conceito refere-se à influência e à interpenetração do psiquismo desde os povos primitivos até hoje e à conexão partilhada entre ambiente e pessoas através do inconsciente, principalmente em sua parte coletiva.

Do Espiritismo, a psicometria é a capacidade de perceber, em um ambiente, informações e emoções do passado, presente e futuro. Principalmente experiências significativas e de forte carga emocional são captadas pela pessoa, tanto em objetos ou em pessoas.

Já a mediunidade é uma faculdade natural e interdimensional, presente em todo ser humano. Está presente tanto no corpo físico, como no espiritual. Portanto, a mediunidade tem uma característica tríplice Mais uma vez, temos a mente e o inconsciente como protagonistas em sua expressão.

A mediunidade é um passo importante para a evolução do Espírito, principalmente quando encarnado, já que desvenda a existência de um mundo para além do material.

Sua aurora, mesmo que tardia, auxiliará em diversos campos da vida.

Voltando à experiência que não passou despercebida, independentemente de sabermos nomeá-la ou não, vivemos experiências desse tipo a todo momento: ora as percebemos, ora “passamos batido”, pois estamos desapercebidos.

 

Todas atravessam a nossa mente, aliás, mais do que isso, são transformadas por ela.

Percebendo-as ou não, lá ficará um registro psíquico passível de ser acessado e vivido por qualquer pessoa.

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