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Estante da ULE

Excelente leitura

Izolda Vieira

No seu mais recente livro, “A Continuidade do Eu”, Adenáuer Novaes propõe não só uma nova expressão semântica para imortalidade, justificando a necessidade da revisão da linguagem, mas, sobretudo, um novo entendimento da autonomia de um Eu contínuo – correspondendo “a um campo de natureza não material no qual consta a identidade de uma pessoa, do ser humano, da essência do Espírito”. Constitui a representação da identidade essencial da pessoa humana.
A autonomia desse Eu contínuo é fenômeno sujeito a investigações e, para tanto, o autor analisa diversos processos naturais que atestam a ocorrência dessa autonomia, tais como: Experiência de Quase Morte (EQM), desdobramentos e/ou projeções da consciência, induzidos ou não, “Dejá vu”, lembranças espontâneas de vidas passadas, sonhos lúcidos, transes religiosos.
De acordo com Adenáuer, o livro constitui a inserção de um novo paradigma que atualiza os saberes humanos. A continuidade do Eu, após a morte do corpo físico, é um fenômeno natural. Portanto, chegou o momento das academias se debruçarem sobre investigações a respeito de tais ocorrências da realidade humana que merecem explicações coerentes com a evolução do saber contemporâneo.
Imortalidade significa não morte; no entanto há uma morte que não pode ser negada. O cidadão, a pessoa do mundo material, a personalidade do mundo social , morre. Contudo, há um Eu que não morre; continua e é constatado por inúmeras evidências. Por outro lado, essa continuidade também é confirmada por diversos relatos de experiências nas quais esse Eu contínuo observa, age, sente independente de um cérebro. Nesses casos, o eu se desloca para uma outra dimensão.
Diz o autor: “independentemente dos órgãos dos sentidos, o Espírito tende a superar os limites do corpo físico, apresentando habilidades que ultrapassam as leis materiais conhecidas”. O pulsar do Espírito revela uma inesgotável fonte de energia, a capacidade de estar em permanente movimento. O Espírito não pertence a um lugar, sua jornada se traduz em um estado presente de distintas vibrações da realidade.
Ler “A Continuidade do Eu” é mergulhar nas nossas inquietações a respeito da identidade humana, na descontinuidade do Personagem e na força do Espírito para integrar experiências que lhe proporcionam uma profunda conexão com sua intimidade essencial.

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