Cecília Alvarenga
O que define a “A EXCELÊNCIA DO AMOR” para você? Já sentiu um amor assim, que transborda por todos os sentidos, que se expressa no falar, no silenciar, no jeito que o corpo dá, na maneira de olhar e de se comportar?
Para mim, excelência do amor é aquele estado em que o amor transcende a mera emoção e se manifesta como uma entrega total, genuína e harmoniosa. É um amor que não exige, mas oferece, que não controla, mas liberta, que não só diz, mas demonstra.
Sim, eu já senti e conheci esse amor que transborda, que se expressa tanto no falar quanto no silenciar. É como um fluxo natural que envolve todos os sentidos: o olhar que transmite segurança, o toque que acolhe, o tom da voz que soa como um refúgio. Esse tipo de amor se reflete no jeito como duas pessoas se ajustam uma à outra, respeitando os espaços e ritmos, e até na maneira como compartilham o silêncio sem que ele seja um incômodo.
O que sei é que é um amor que transforma, porque ele não é apenas sobre o outro ou sobre nós, mas sobre como ele nos leva a sermos melhores, mais leves, mais conectados com o que há de mais humano e divino em nós.
Por ser excelência de amor, não se vincula a estereótipos de cor de pele, de idade, de gênero, de posição social ou financeira. Simplesmente é amor que, de tão grande e verdadeiro, se torna divino; o sentir é especial, resiste às intempéries da vida, a ciúmes, ao desencarne, à fome, à doença…
Bem assim é que entendo esse amor de excelência, sublime porque transcende qualquer limitação imposta pelas convenções sociais ou pelos julgamentos humanos. Ele não se prende a rótulos ou fronteiras, e sua força está na essência pura do que realmente significa amar: aceitar e acolher o outro em sua totalidade, sem condições ou imposições.
É divino porque eleva quem ama e quem é amado. Não se desgasta com as dificuldades, mas as supera; não se enfraquece com a distância ou a perda, mas se transforma em presença eterna e imaterial. É um amor que não depende de circunstâncias, que não exige retorno, ele simplesmente é. Um amor que educa, cura, transcende o físico e se enraíza no Espírito.
Amar é, assim, reconhecer o outro como parte de si, e, ao mesmo tempo, como algo sagrado, único e independente. É caminhar junto sem se anular, é sentir no outro uma extensão do divino em sua forma mais pura. E, justamente por isso, esse amor é eterno: ele não acaba, apenas muda de forma, como se cada encontro e cada conexão fossem parte de um plano maior, de continuidade do Eu.