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O que realmente importa?

Cida Bastos

Assumirmo-nos como Espírito imortal requer mudanças significativas que dependem de um mergulho profundo dentro de nós mesmos e, para isso, investir no autoconhecimento é fundamental. Deus nos criou simples e ignorantes, e entender isso é muito importante. Precisamos ter compaixão por nós mesmos e nos responsabilizarmos pelo que sentimos e fazemos.
E como conduzir o próprio viver diante dessa consciência? Difícil, não? Há de se entender que a vida foi feita para ser vivida intensamente. A certeza da imortalidade do Espírito não pode nos dar a ideia de que estamos aqui no aguardo do além vida. Estamos aqui para experenciar, para conquistar novos saberes e, embora precisemos estar cientes de que somos únicos, singulares, é no contato com o outro que aprendemos, que temos nossas melhores oportunidades de crescimento. Este aprendizado tem início em nosso lar, onde, desde a infância, entramos em contato com sentimentos e valores que ajudarão a moldar nossa personalidade. Porém, ao abrirmos a porta e ganharmos o mundo, vamos nos deparar com infinitas possibilidades. O convite a uma vida voltada para valores materiais é muito forte. Enquanto personagens, vivendo em sociedade no século XXI, temos necessidades que vão muito além do básico e essa demanda requer um alto investimento. Com isso, gastamos a maior parte de nossa encarnação tentando conquistar bens materiais. E isso é errado? Não. Conforto e segurança são importantes para o desenvolvimento do Espírito. Até aqui, vivemos o que costumo chamar de adolescência espiritual. Cada um a seu tempo, dentro do seu processo evolutivo, começa a perceber que viver vai muito além da satisfação de necessidades e da obtenção do que possa lhe proporcionar prazer.
O Espírito é senhor de si, do seu tempo, se percebe pelas suas tendências, sendo o aprendizado uma constante em sua vida. Ele sabe que, independentemente das circunstâncias em que reencarne, as habilidades que integrou estarão presentes. Encarnado, vivendo o Personagem, responde a condicionamentos físicos, psíquicos, morais, sociais, de acordo com a época e a cultura na qual está inserido. Devemos procurar viver como Espírito, mas, para isso, além do autoconhecimento, é preciso autodeterminação. Temos o tempo a nosso favor e, quando entendemos isso, nos sentimos livres. Não devemos nos conformar em viver uma vida sem propósito, pobre de realizações. E, para que isso não ocorra, devemos estar atentos.

Nosso desenvolvimento espiritual é constante, atravessa encarnações. À medida que evoluímos, vamos deixando de lado nossa adolescência e percebendo que precisamos de valores materiais para viver, mas que, em essência, os verdadeiros valores são aqueles que nos abrem as portas para a maturidade espiritual: a compaixão, a amorosidade, a caridade e a esperança, entre outros. Esses valores, ofuscados constantemente pelas pressões da vida cotidiana, são, de fato, os que realmente importam ao Espírito, os que nos aproximam das Leis de Deus, tornando nossa existência muito mais leve e prazerosa.

10 comentários on “O que realmente importa?

  1. Muito bom, acredito que esse artigo, ajuda e muito na compreensão do que é estarmos vivos nesse mundo , a autora do artigo foi muito feliz na escolha do tópico.

  2. Texto excelente, nos traz reflexões que estão muito além do “mais do mesmo” que estamos acostumados no meio espírita. Só posso agradecer à autora por nos traduzir e nos motivar a estudar os conceitos de como viver como Espírito, com sua aquisição de habilidades e autodeterminação a conquistar.

  3. Orai e vigiai
    Bela reflexão e tarefa a ser conquistas a cada melhor
    Percepção o quento faz muita diferença Qd nos dispomos a realizar o orar e vigiar o nosso alcance

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