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Estante da ULE

O Processo educativo

Almir Luz

O aprendizado exige esforço e dedicação, é um caminho natural trilhado por todos os estudantes. Não há como adquirir conhecimento sem esforço. Se pararmos para nos lembrar do período em que frequentávamos a escola, não dava para passar na matéria esperando facilidades, precisávamos abdicar de momentos de lazer, focando no objetivo maior que era passar de ano e isso ocorre da graduação ao doutorado. Afinal, por que deveria ser diferente para o aluno matriculado na escola terrestre?
Para participar desta escola terrestre, precisamos estar matriculados, e esta matrícula se dá através da reencarnação. Mas o que seria a Reencarnação?
Reencarnação é o retorno a um novo corpo, através de um novo nascimento biológico da personalidade individualizada do ser humano, personalidade entendida como sendo o conjunto das aquisições intelectuais, morais e espirituais que compõem o indivíduo, isto é, o espírito.
Parando para olhar a reencarnação como um processo educativo, poderíamos representá-la como um “curso” no qual nos inscrevemos e cujo currículo (nosso planejamento encarnatório) devemos cumprir da melhor maneira possível.
Este “curso” começa pela escolha do local, da escola e do período no qual o faremos, também escolhemos o local, a família, os amigos e o período no qual vamos encarnar. Tanto na escola quanto na encarnação, há maior ou menor autonomia para o “aluno”, dependendo de seu nível evolutivo. Às vezes o curso que queremos só pode ser feito em um local distante, às vezes precisamos esperar um tempo pela “turma seguinte” e às vezes precisamos nos apressar para não perder a oportunidade.
As turmas podem ser variadas, podemos dividir a existência com pessoas com as quais já convivemos a algum tempo e com as quais temos identificação e às vezes nos vemos em meio a colegas completamente estranhos, com os quais vamos aprender a conviver e quebrar barreiras.
Assim, como todo aluno tem obrigações para com a instituição à qual está ligado e com o curso no qual está inscrito, atendendo a critérios como assiduidade, participação, aprendizado de conteúdo teórico e exercícios práticos que consolidem o conhecimento adquirido, na Vida, o espírito encarnado precisa também cumprir uma série de tarefas com as quais se comprometeu ainda antes de iniciar sua jornada fora do mundo espiritual, principalmente se esforçar para evoluir espiritualmente a partir dos ensinamentos oferecidos em suas experiências de vida.
Na encarnação, as provas e expiações não são mais do que métodos,
adequados ao espírito e sua necessidade de aprendizado. Conscientizar-se desses métodos educativos e saber aprender com eles é preparar-se para viver bem no futuro.
Na Vida ou na educação, a dedicação e o empenho para enfrentar e superar as tarefas que se apresentam sempre serão remunerados com avanços que trarão experiências cada vez melhores.
A reencarnação, se bem compreendida, constitui um valioso mecanismo de progresso da humanidade. A vida, diante da visão reencarnacionista, passa a ter um objetivo maior. Segundo o Espírito Emmanuel, “a Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados”
O mais importante é que o processo é sempre no sentido de evoluir. O que foi aprendido não será esquecido. Os degraus que subimos não descemos mais, seja como disciplinas concluídas ou missões cumpridas. O caminho é sempre para a frente e, embora seja possível estacionar por alguns momentos, retroceder é impossível.

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