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Obsessão e o processo de cura

Autora: Mabel Esteves

A questão 237 dO Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, trata do domínio que alguns Espíritos exercem sobre determinadas pessoas num processo denominado obsessão, promovido por Espíritos de baixa frequência, de moral não elevada que procuram – e muitas vezes conseguem! – prejudicar, dominar, se vingar, perseguir e/ou fazer sofrer um outro Espírito sem qualquer constrangimento. Em sua época, Kardec, referindo-se principalmente às reuniões mediúnicas, classificou as obsessões em três tipos. Na Obsessão Simples, o obsessor promove mudança de ideias e/ou atitudes à revelia do médium obsediado, interferindo nas suas comunicações; na Fascinação, é possível observar ilusões do pensamento com falta de autocrítica e; na Subjugação, ocorre um envolvimento capaz de paralisar as vontades do Espírito obsediado, interferindo, inclusive, nas suas capacidades de raciocínio e discernimento.

Trazendo esta questão para os dias atuais, com a consciência de que pessoas são Espíritos, sejam eles encarnados ou desencarnados, cujos processos psíquicos e intensões são individuais, é verdadeiro afirmar que, se a obsessão é um processo de reciprocidade de sintonia, logo, estamos todos – e não só os trabalhadores das reuniões mediúnicas – vulneráveis a tais influências, desde que estejamos no mesmo estágio vibratório do Espírito que deseja inferir em nossa frequência, ou seja, somos todos capazes de obsediar e sermos obsediados. Nesse sentido, tanto o aforismo “Conhece-te a Ti Mesmo” quanto o pedido feito por Jesus “Vigiai e Orai” (Mateus 26:41) nos convidam a refletir sobre as razões pelas quais se está predisposto às interferências de outros espíritos.

Convite aceito, vamos refletir! Se você, caro leitor, estivesse em um processo de obsessão, qual seria sua estratégia de cura? O que você buscaria? Se livraria do Espírito que lhe obsedia ou mergulharia numa jornada de autoconhecimento como possibilidade de derrubar barreiras e se abrir para novas perspectivas?

A observação a essas perguntas perpassa por ampliar a percepção sobre si mesmo, buscando as ferramentas necessárias para identificar as interferências externas que promovam desequilíbrios, ressignificando esses aspectos. Tentar simplesmente afastar o Espírito que obsedia, sem conhecer e confiar no seu verdadeiro EU, o Espírito imortal, é desperdiçar a oportunidade de desenvolver e aprimorar suas potencialidades, bem como de aprender e apreender novas habilidades, vencendo desafios, lidando melhor com suas sombras. Novaes (2019) pontua que, quando você sentir que está sob influência espiritual obsessora, deve lembrar-se de que se trata de algo que diz respeito a seu mundo interior, portanto, tranquilize-se e harmonize sua consciência para agir com equilíbrio.

Cabe a nós, espíritos encarnados, cuidarmos do nosso estado vibracional, nos responsabilizando por nossa atitude mental, a fim de efetivar uma mudança na postura psíquica, identificando os gatilhos que nos sintonizam com Espíritos que podem nos obsediar, enxergando, nessa aproximação, uma oportunidade não só de ampliar a consciência, mas, principalmente, de olharmos para nós mesmos e curarmo-nos psicológica e espiritualmente. Assim, aceitamos o convite de Jesus, ampliando seu ensinamento para Vigiai e Orai, sendo o vigiai através do Autoconhecimento!

4 comentários on “Obsessão e o processo de cura

  1. PERGUNTA 459 DO LIVRO DOS ESPÍRITOS : OS ESPÍRITOS INFLUENCIAM EM NOSSAS VIDAS?
    BEM MAIS O QUE VOCÊ IMAGINA, POR CERTO ELES VOS DIRIGE. MAS ELES SÓ NOS DIRIGE, SE DERMOS A SINTONIA.
    NA MINHA VISÃO, QUANDO CAMINHAMOS COM UM NÍVEL DE CONDUTA E PENSAMENTO ELEVADO, NÓS NÃO DAREMOS A SIMILIRIDADE DE PENSAMENTO, COM ISSO O OBSSESSOR SE AFASTA GRADATIVAMENTE.
    A REFORMA INTERIOR, A MUDANÇA DE PENSAMENTO E ATITUDE, SÃO ANTÍDOTOS PARA O INVESTIMENTO DO OBSSESSOR.

  2. A lei da sintonia estabelece quem lhe acompanha. Se você procurar fazer uma reforma íntima, aliada a uma mudança de atitude e orações em direção ao OBSSESSOR, gradativamente ELE VAI se afastar, porque não terá mais a similaridade de pensamento.
    PAZ E BÊNÇÃOS

  3. Acredito indiscutivelmente que a obsessão se dar na maioria das vezes por sintonia, mas alem da causa provocada pelos aspectos de sintonia, a aproximação pela lei de similaridades, entendo que a influencia tambem se dar em niveis opostos, cito como exemplo alguns casos trazidos por Joana de Angelis de obsessões que ocorrem apos mudanças de comportamentos de obsediados, numa tentativa de se conseguir o retorno dos habitos do homem velho, segundo a propria mentora, isso ocorre tambem nos casos de heranças espirituais hereditarias, na tentativa de se trazer a regressao do espirito em evolução, eu pessoalmente conheço casos reais de pessoas que passaram por essas experiencias, assim como lideres religiosos que são afligindo na obra do bem, por estarem abraçando o fronte na labuta da expansão do reinos dos ceus. paz e bem a todos.

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