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Do “Eu” para o “Outro”: alteridade como premissa nos interrelacionamentos

Autora: Ednilze Fideles

Durante muitos séculos, o ser humano buscou por adquirir privilégios pessoais, se impondo ao outro pela força das ações e das palavras. Foram séculos sombrios onde o Ser esteve mergulhado na inconsciência pessoal, social, ambiental, negando ou desconhecendo sua essência eminentemente emocional e espiritual; muito lentamente o Ser vivente no mundo, foi ampliando a visão de si estendendo o olhar para o outro como uma possibilidade de conexão.

Novas ideias, novos pensamentos, novas propostas ideológicas foram se disseminando no ambiente social e aos poucos mudanças significativas alteraram o modo de pensar, de sentir e por consequência de agir do ser humano, que passou a perceber uma realidade para além da vida humana, tomou consciência de sua imortalidade, passando a se responsabilizar pelas ações diante de si e dos outros, saindo da valorização do eu que pensa, para a valorização do eu que sente, e nesse processo de maior identificação do eu com os outros, através da identificação e atualização das habilidades que representam as conquistas do espírito, vivenciadas por através do trânsito dos valores internos com os valores externos que codificam as interrelações.

É na convivência com outros espíritos que ocorre o compartilhamento entre diferenças e afinidades que contribuirão para convivências mais harmônicas e maduras; somos uma manifestação singular do sagrado e possuímos habilidades (valores) que nos garantem um viver integral conosco e com o outro.

Dentre uma vasta variedade de valores, estamos descobrindo e utilizado a alteridade como uma ferramenta altamente mobilizadora, não se trata simplesmente de ouvir ou compreender o outro, mas, sobretudo de buscar entender os motivos pelos quais o outro age ou reage diante de situações diversas à alteridade, que nos mobiliza a acolher, aceitar, ajudar e respeitar o outro naquilo que ele consegue apresentar ao mundo, e que na maioria das vezes é o máximo que consegue realizar.

Incorporar a alteridade em nossa vida e em nosso dia a dia é praticar escuta ativa, estar com o outro sem restrições ou julgamentos prévios, é estar acessível ao outro, e esse está presente em nosso lar, no ambiente profissional, no ambiente social, no segmento religioso, em todas as dimensões em que somos chamados a interagir, a nos convidar continuamente à percepção da singularidade que somos e da singularidade que o outro é. Ver, escutar, se sensibilizar com os sons e silêncios do outro, a partir dos valores conquistados com espírito imortal.

2 comentários on “Do “Eu” para o “Outro”: alteridade como premissa nos interrelacionamentos

  1. Boa noite
    Estou a conhecer a vossa atividade e deparei-me com este tema que li com muita atenção pois veio como um recado muito oportuno para a minha vida.
    Sou espirita e apesar do conhecimento que a doutrina me dá, tenho tido alguma dificuldade em lidar com certa situação na minha vida.
    Conhecer a palavra ALTERIDADE e o seu sentido, obrigou-me a maior refleção sobre a importancia de ampliar a nossa visão pessoal para poder chegar ao outro.
    Sei que não vai ser fácil mas com a ajuda de Jesus eu vou conseguir.
    Muito obrigada

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