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TOC: É psicológico ou obsessão espiritual?

Autor: Mário Lago Jr.

Transtorno Obsessivo Compulsivo, conhecido pela sigla TOC, é cada vez mais comum nos dias de hoje e é classificado como um transtorno neurótico pela Organização Mundial de Saúde – OMS. Neste contexto, a obsessão deve ser entendida como um pensamento intrusivo de forma recorrente e persistente, gerando preocupações, inquietações, medos e que desencadeiam compulsões. Já as compulsões são comportamentos repetitivos, sem um propósito lógico e de aspecto ritualístico, com um caráter de urgência irresistível.

Não quer dizer que aquela pessoa que possui uma personalidade obsessiva ou uma ideia fixa, sobre determinada coisa, vai desenvolver TOC. Como também, não quer dizer que pessoas que possuem compulsões por jogos, trabalho ou sexo, por exemplo, desenvolverá tal transtorno, pois é necessário que exista uma relação direta entre ambos. Em outras palavras, deve existir uma combinação da atitude compulsiva, que gera um alívio temporário, frente ao pensamento obsessivo, sem existir uma relação lógica. Além do mais, na grande maioria dos casos, a pessoa que desenvolve o TOC tem consciência da incoerência dessa relação, mas não consegue deixar de fazer, o que agrava ainda mais a ansiedade e angústia que envolve o referido transtorno.

Normalmente, as compulsões associadas ao TOC estão relacionadas a ideias irracionais e exageradas de limpeza, simetria, verificação e repetições. Por exemplo, casos de pessoas que se sentem obrigadas a verificar inúmeras vezes se uma determinada porta está fechada, pois acham que se não o fizerem, algo de muito ruim irá ocorrer. Como consequência, esse problema pode chegar ao total isolamento e paralisação social do indivíduo.

A visão espírita permite ampliarmos a análise da origem que causa o TOC, ao considerarmos aspectos das vidas pretéritas de outras encarnações, o que possibilita complementarmos os diagnósticos psicológicos e médicos. A busca por aspectos apenas bioquímicos, apesar de serem reais, como a baixa de neurotransmissores, podem ser a consequência e não a causa primária. Não obstante, ainda que ampliemos a análise para uma abordagem psicológica convencional, complementando a análise bioquímica e fisiológica, estaremos ainda reduzindo a leitura à existência atual.

Por outro lado, o tratamento medicamentoso e psicológico se faz necessário, também, nos casos onde o problema envolve aspectos espirituais, pois permite que o indivíduo tolere as consequências de tal enfermidade, o que é necessário em qualquer cenário. Portanto, a busca de tratamentos psicológico e psiquiátricos deve estar associada a uma perspectiva espiritual, o que amplia a assertividade do diagnóstico e da cura.

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